DIA DE FINADOS E ALGUMAS DÚVIDAS COMUNS NA DOUTRINA ESPÍRITA
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Anualmente ocorre no dia 2 de novembro, o famoso dia de finados ou como é conhecido por outros “dia dos mortos”, esta celebração veio de origem pagã e posteriormente foi instituído inicialmente no século X, na Abadia Beneditina de Cluny, na França, pelo abade Odilo (ou Santo Odilon [962-1049], como chamado entre os católicos). Odilo de Cluny, sugeriu no dia 02 de novembro de 998, aos membros de sua abadia que, todo ano, naquele dia, dedicariam suas orações às almas daqueles que já se foram. É muito comum durante esta data, o pensamento voltado para aqueles que um dia estiveram encarnados, consequentemente também surge muitas dúvidas sobre a visão da Doutrina Espírita e buscaremos esclarecer algumas delas.
• É errado ir no cemitério no dia de finados?
Antes de tudo, vejamos a questão 323 do Livro dos Espíritos;
“323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?
– Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração.”
Sendo assim, não é errado ir ao cemitério no dia de finados, mas para visão espírita o que realmente importa para o seu ente querido desencarnado, é a sua oração, sua prece e seus bons sentimentos ao pensar nele. Na Doutrina há a crença de que as preces podem ser feitas em qualquer lugar, não necessitando estar exclusivamente em um cemitério, e pode ser feita em qualquer dia, não precisando ser apenas no dia de finados, pois a sua sintonia com alguém desencarnado não precisa de um dia específico ou lugar. Devemos refletir que o dia de finados é uma data comemorativa dos seres encarnados, não sendo igual nos outros mundos, o que há de talvez diferente é que pode haver muitas pessoas em sintonia de orações ao mesmo tempo o que torna especial, mas qualquer dia pode ser, principalmente para aqueles que se dedicam ao amor e a caridade.
• Há muitas culturas que no dia de finados acendem velas dentro de casa, como por exemplo no México durante a data citada, para o Espiritismo seria errado? É prejudicial?
– Tudo dependerá do que o ato de acender a vela remetirá, se for sofrimentos, revoltas, ódios, isto baixará a vibração e os obsessores podem ser atraídos para perto de quem praticou o ato, em específico para dentro da casa. Repare que o ato em si de acender velas não atrai coisas ruins, o problema está nos quadros de pensamentos que a pessoa emitirá e vibrará durante o rito. O Espiritismo não acredita que obsessores é atraídos por velas em específico, mas sim, por quadros de pensamentos e atitudes que traz baixas vibrações, para Doutrina, a conexão com os desencarnados não depende de velas ou de objetos materiais.
Concluindo: se a pessoa acender velas para seu ente querido e isto lhe trouxer boas lembranças, sentimentos de felicidades, esperanças, não trará prejuízos a Espiritualidade.
Para o Espiritismo Kadercista é totalmente irrelevante as velas, pois não há crenças em magias como em outras culturas e religiões que acredita que isto irá iluminar, os espíritas acredita que é o amor e a oração, não o objeto.
• Uma pessoa que começa a falar de alguém que desencarnou no dia de finados, o espírito sente?
– Sim, em qualquer dia! Tantos os sentimentos positivos, como os negativos. Quando alguém emite maus sentimentos, isto pode fazer com que o espírito que partiu recentemente se sinta angustiado e pode atrapalhar o processo evolutivo, afinal quem irá querer saber ou sentir que alguém está sofrendo ao pensar naquele espírito?… Quando a dor chega, é necessário trazer lembranças de bons momentos e tentar buscar por sentimentos positivos, mas é claro que é natural que as pessoas possam sofrer, pois somos seres com sentimentos e não estamos afirmando que é obrigatório mudar, mas é viável ir aos poucos construindo novos quadros de pensamentos, lembre-se: o amor é transformador e ultrapassa quaisquer fronteiras.
• Alguém que visita o cemitério pode sentir uma energia ruim?
– É possível! Pois há muitas pessoas mais sensíveis as energias e sentem de uma forma muito mais intensa do que as outras, inevitavelmente em todo dia de finados há pessoas sofrendo e podem trazer certos fluídos negativos para o local. Ainda mais locais onde as pessoas liberam muitas energias devido as dores, saudades, sofrimentos, como os cemitérios, igrejas, entre outros.
• Se eu começar a recitar preces constantemente para um familiar que desencarnou recentemente, isto é bom?
– A prece e a oração é sempre bem-vinda, mas é necessário que também possamos seguir com as nossas vidas, afinal eles também tem vidas nos outros mundos, devemos praticar atos sem apego e vibrações que possam acabar atrapalhando o processo evolutivo espiritual daquele ser que está em desapego do material.
• Alguém que visita o cemitério no dia de finados e acaba começando a passar mal, teria algo espiritual nisto?
– É necessário que possamos compreender que há pessoas que sofrem muito com as lembranças do passado, se sentem muito tristes e com isto acaba ocasionando a baixa vibração energética, tornando-as vulneráveis a possíveis obsessões espirituais de algum espírito negativo que possa estar transitando no local. É importante salientar que o cemitério não é o único local que há espíritos, toda vez que estamos em baixa, não importa o local, podemos sofrer ataques devido às brechas.