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Poesia dos filhos de Oyá

• Texto de Egbomy Maycon ty Ode / Revisão: Eduardo Henrique Costa.

Me quebro em 9, envergo mas não quebro sou filho de Oyá
Nove vezes me dou por ser escolhido por Oyá 
Nove motivos para ser quem eu sou por ser de Oyá 
Nove motivos para que meus inimigos vejam a minha glória sob suas tumbas  Nove vezes eu grito aos ventos Eparrei Oyá
Nove vezes me curvo a ti minha rainha que nada me deixe faltar 
Nove vezes falo a quem quer que seja não carrego ninguém nas costas 
Nove vezes digo que sou como o bambu de minha mãe envergo, mas não quebro
Nove vezes agradeço as pedras que jogaram ao vento hoje fiz castelo delas
Nunca duvide da capacidade dos filhos do fogo ou quem carrega o fogo 
Posso ser meio Esú, meio Ogún, meio Odé, meio Omolú, meio Sangô
Depende de como vem me tratar, sim sou diferente, falo sozinha, falo alto.

Mas prefiro ser assim sem personagens prefiro ser eu mesmo com fases sim, mas sendo eu mesmo, não peço e não pego nada emprestado seu. Tenho meu orgulho mas quer minha ajuda estarei aqui com braços estendidos.

Sou sua eterna companheira mas como o fogo de KARÁ Também sei ser o pior dos pesadelos tudo depende de como me tratará
A meus filhos deixei meu par de chifres de búfalo, além do sinal de realeza 
É só esfregá-los que eu estarei lá para lhe socorrer não importa a distância o dia e hora, a tarde, na chuva ou o tempo que estiver eu sou Oyá vou aonde quero lembre-se:
” EU sou o vento eu te pego e você não me pega ” 
Ao mexer com um filho ou filha de Oyá você sai quebrado, não se tem como quebrar o vento.