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ABC do Paganismo

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Sinopse do livro: Calendário Pagão, datas, festivais;
Significados e o porquê da cristianização do Natal e da Páscoa;
Além do calendário Politeísta de Janeiro a Dezembro, ilustrado – tudo isso compilado em um único livro.

Das fogueiras de Beltane, passando pelo Midsummer das fadas e elfos e chegando a uma boa abrangência dos festivais e modos pagãos com intrução breve.

Autor do livro: Ana Death.

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Handfasting: O casamento wiccano

A cerimônia de casamento apresentada a seguir é um rito de comprometimento de ligação espiritual, não legal.
Antes da cerimônia, é importante que toda a área seja consagrada com sal, água, e qualquer incenso purificador, como o de cedro, olíbano, sálvia ou sândalo.
Monte o altar, e coloque nele tudo o que será necessário para a cerimónia:

  • 2 Velas brancas
  • 1 Incensório
  • 1 prato com Sal e Terra
  • 1 sino de latão
  • 1 Vareta
  • 1 Punhal ou Espada cerimonial
  • 1 Xícara com Óleo de Rosaa para consagração – 1 Cálice com água
  • 1 Cristal de quartzo
  • As alianças de casamento
  • 2 cordas brancas
  • 1 Vassoura de palha
  • Vinho
  • Bolo de compromisso (receita no final)
    A alta Sacerdotisa ou Sacerdote, traça o círculo no sentido horário, com o Punhal ou Espada, e após cada convidado ser abençoado com saudações e Incenso, faça soar o Sino para dar início a cerimônia.
    Os noivos deverão estar no círculo de mãos dadas. Abençoe-os novamente com Incenso e saudações e coloque-os de frente para você e o altar. Os convidados ficarão em torno do perímetro do círculo, de mãos dadas formando uma corrente humana.
    De frente para os noivos, levante as mãos para o céu e diga:
    “NESTE SAGRADO CÍRCULO DE LUZ REUNIMO-NOS EM PERFEITO AMOR E PERFEITA VERDADE.
    OH! DEUSA DO AMOR DIVINO, EU TE PEÇO QUE ABENÇOE ESTE CASAL, O SEU AMOR E SEU CASAMENTO PELO TEMPO QUE VIVEREM JUNTOS NO AMOR. “
    Segure o prato com o Sal e Terra diante deles para que coloquem a mão direita no mesmo, enquanto o Sacerdote ou Sacerdotiza diz:
    “ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.
    QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM AMOR, TERNURA, FELICIDADE E COMPAIXÃO, PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”
    No altar, o casal deverá voltar-se para Leste. Soe o Sino 3 vezes e envolva-os com o incenso, diga:
    “ABENÇOADOS SEJAM PELA FUMAÇA E PELO SINO SÍMBOLOS DO ANTIGO E MISTICO ELEMENTO AR.
    QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA, ABENÇOE-OS COM A COMUNICAÇÃO, CRESCIMENTO INTELECTUAL E SABEDORIA PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”
    Coloque novamente o Sino no altar, o casal deverá voltar-se para o Sul. Dê a cada um uma vela branca, que deverão segurar com a mão direita. Acenda as velas, pegue a Varinha e segure acima deles dizendo:
    “ABENÇOADOS SEJAM PELA VARINHA E PELA CHAMA SIMBOLOS DO ANTIGO E MISTICO ELEMENTO FOGO.
    QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA, ABENÇOE-OS COM HARMONIA, VITALIDADE, CRIATIVIDADE E PAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”
    Coloque a Varinha no altar, o casal deverá voltar-se para o Oeste, segure o Cálice com água e respingue sobre a cabeça deles, enquanto diz:
    “ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA
    ABENÇOE-OS COM AMIZADE, INTUIÇÃO CARINHO E COMPREENÇÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”

Coloque o Cálice no altar. Unte a testa deles com o Óleo de RosaS, e segure o Cristal de quartzo sobre eles, como símbolo sagrado do reino espiritual, enquanto diz:
“QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM UNIÃO, HONESTIDADE E CRESCIMENTO ESPIRITUAL PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
QUE O DEUS E A DEUSA INTERIOR DE CADA UM GUIE-OS NO CAMINHO RETO E QUE A MAGIA DO SEU AMOR CONTINUE A CRESCER PELO TEMPO QUE PERMANECEREM JUNTOS NO AMOR, POIS O SEU CASAMENTO É UMA UNIÃO SAGRADA DOS ASPÉCTOS FEMININO E MASCULINO DA DIVINDADE.”

Coloque o Cristal novamente no altar e consagre as alianças do casamento com sal e água, enquanto diz:
“PELO SAL E PELA ÁGUA EU CONSAGRO ESTES BELOS SÍMBOLOS DO AMOR.QUE TODAS AS VIBRAÇÕES NEGATIVAS, IMPUREZAS E OBSTÁCULOS SEJAM AFASTADOS DAQUI!
E QUE PENETRE TUDO O QUE É POSITIVO, TERNO E BOM.
ABENÇOADAS SEJAM ESTAS ALIANÇAS NO NOME DIVINO DA DEUSA.
ASSIM SEJA. ASSIM É E ASSIM SERÁ.PARA O BEM DE TODOS.”

Os noivos trocam as alianças proferindo as promessas que escreveram com suas proprias palavras antes da cerimônia.
Após, o casal haver proferido as suas promessas de amor, consagre as cordas brancas da mesma maneira que fez com as alianças, segure-as lado a lado, e o noivo e a noiva deverão segurar uma extremidade e dêem um nó enquanto expressam seu amor um pelo outro. Amarre-as pelo meio e diga:
“PELOS NÓS NESTA CORDA SEJA O SEU AMOR UNIDO.”
Pegue as cordas com os nós e amarre juntas as mãos dos noivos. Visualize uma luz branca de energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras se unem em uma só, e todos os presentes à cerimônia emitem energia, cantando repetidamente com alegria
“AMOR AMOR AMOR”
Após haver centralizado o poder trazido para os noivos e para o casamento deles, permaneça alguns minutos em silêncio e depois retire a corda das mãos deles, dizendo:
“PELO PODER DA DEUSA E DE SEU CONSORTE EU OS DECLARO MARIDO E MULHER PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS QUE VIVAM JUNTOS NO AMOR
ASSIM SEJA, ASSIM É E ASSIM SERÁ, PARA O BEM DE TODOS.”
Os convidados, podem agora aplaudir, e congratular-se com os recém-casados. Agradeça a Deusa e ao Deus desfaça o círculo, coloque a vassoura horizontalmente no chão e faça com que os noivos pulem por cima dela juntos e de mãos dadas.
Termina assim o ritual pagão de compromisso, que deve ser festejado por todos com vinho consagrado e bolo de compromisso, que é tradicionalmente partido com a espada cerimonial do coven.




Feitiço para ter harmonia

• Texto do Blog Gato Místico.

Pegue uma maçã vermelha, corte a tampa e retire o miolo. Escreva num papel branco o nome das pessoas de sua família que vivem tendo desentendimentos e brigas, e coloque o papel na maçã, por cima, acrescente mel até preencher a maçã e volte a colocar a tampa. Ao lado da maçã acenda uma vela vermelha e faça seus pedidos para que a harmonia retorne ao seu lar.




Lamas – Lughnasad ou Festa da Colheita (1º de Agosto) – Sabats Wicca

• Texto do Blog Gato Místico.

Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. Na mitologia celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes que exigiam sacrifícios humanos do povo. A Tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.
O outro nome do sabá é Lammas, que significa A Massa de Lugh. Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os membros do coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do Milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado, para que possamos colher uma nova vida. O altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.




Espiral

• Texto do Gato Místico.

A morte é o começo?
É o fim?
É só uma transição?
Ou será
que a vida é uma transição?
Não tem como responder com certeza a essas perguntas, mas acreditamos que exista um ciclo, onde a morte é apenas uma transformação, para que uma nova vida comece, sempre em busca de equilíbrio e evolução. Sim, a Wicca acredita em reencarnação. E o símbolo dessa crença é a espiral.




Atlântida

Os gregos tinham muitas lendas do passado distante: de Foroneus, o primeiro homem, de Deucalião e Pirra, que sobreviveram a uma inundação enviada por Zeus para livrar o mundo dos homens maus.
Mas quando Sólon, o estadista grego, relatou essas lendas aos sacerdotes do antigo Egito, eles riram. “Vocês, gregos, nada sabem de sua própria história. Vocês falam de uma inundação, mas houve várias. Foi numa dessas inundações que seus ancestrais morreram.” E os sacerdotes contaram a Sólon a história da Ilha de Atlântida de onde, nove mil anos antes, a mais nobre raça de homens que já viveu governava a maior parte do mundo conhecido.
Um pobre casal, chamados Evenor e Leudice, viviam em uma ilha pedregosa, com a filha, Clito. Posêidon, deus do mar, ficou enfeitiçado pela beleza de Clito e a esposou.
Ele, então, reformou a ilha para fazer dela uma morada digna de sua noiva. Ele a modelou em uma série de cinturões circulares de mar e terra, com uma bela ilha no centro que se aquecia ao sol.
Os ricos campos produziam trigo, frutas e vegetais em abundância, os montes e florestas tinham toda a espécie de animais – até manadas de elefantes – e no subsolo havia vários minérios preciosos.
Clito deu a Posêidon cinco pares de gêmeos. Todos eles eram reis e o mais velho, Atlas, era o maior dos reis, e depois deles, seus filhos. O belo reino era chamado de Atlântida.
O povo de Atlântida era sábio na arte da paz e da guerra e logo liderava os povos do Mediterrâneo. Todos os reis da ilha contribuíam para o estoque de riquezas do país. O lado de fora do muro da cidade de Atlântida era revestido de bronze, e o lado de dentro, de estanho.
O palácio no centro e o templo de Posêidon eram cobertos de ouro. Os edifícios eram construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas; às vezes uma única cor, às vezes, com combinações intricadas. Um grande porto se abria para o mar, e pontes foram construídas entre os cinturões de terra. Assim era Atlântida nos seus dias de glória.
Por muitos anos, os reis governavam sabiamente e bem, cada um passando sua sabedoria para seu herdeiro. Mas à medida que as gerações se sucediam, o sangue divino dos reis se tornou mais fraco e eles caíam, cada vez mais, sob a influência das paixões mortais e desejos mundanos.
Quando antes valorizavam os tesouros apenas por sua beleza, agora eram presas da cobiça. Onde antes o povo tinha vivido em amizade e harmonia, agora disputavam pelo poder e glória.
O Grande Zeus, vendo sua raça favorita se afundar, dia a dia, no poço das ambições e vícios humanos, repreendeu Posêidon por deixar tal coisa acontecer.
E Posêidon, magoado e furioso, agitou o mar. Uma onda colossal cobriu Atlântida e a ilha submergiu para sempre sob as águas.
Onde ela está, ninguém sabe ao certo – nem se, sob o oceano, os filhos de Posêidon andam outra vez pelas ruas de Atlântida em paz e sabedoria, ou se apenas os peixes passam pelas ruínas carcomidas da cidade mitológica.

Fonte: Gato Místico.




A morte do trigo

O viajante viu uma bifurcação na pequena estrada de terra pela qual havia caminhado durante todo o dia. Estava chegando a noite e ele precisava achar um lugar para dormir. Ao longe, viu o que parecia ser uma aldeia no final da es-trada que virava à direita, algumas luzes já acesas. Ajeitou a mochila nas costas e o chapéu na cabeça, e tomou aquela direção.Andava nas margens de um trigal e esse trigal havia sido ceifado há pouco tempo, provavelmente naquela manhã mesmo. Desprendia um cheiro forte de mato e terra, um perfume que agradou ao homem. Aquele era o cheiro do campo, o cheiro da terra, que tanto buscava em sua jornada. Provavelmente o povo da aldeia agora se ocupava em estocar o trigo colhido, mas certamente lhe ofereceriam uma cama.Quando caiu a noite, ele ainda estava longe da aldeia. O ruído seco de seus passos na terra batida acompanhava os primeiros grilos que começavam a cantar. Era uma noite de lua minguante, não estava muito claro. Quase tudo era sombra ao seu redor. Foi então que reparou numa sombra que se movia. Pa–recia que tinha alguém sentado na beira do trigal.Chegou mais perto mas, mesmo assim, não conseguia definir a sombra. Ora parecia ser um homem sentado, ora era apenas um vulto sem forma, e por vezes ficava transparente. Não teve medo, teve antes curiosidade.E se aproximou.A estranha figura estava comendo. Comia frutas e pães. Bebia, também. Leite e cerveja. Olhou para o viajante quando ele se aproximou.– Boa noite, viajante. Quer se juntar a mim e cear?Sua voz era como o vento que soprava em seus ouvidos.– Não, obrigado – respondeu, receoso – Porque come aqui, ao lado do trigal? A noite está fria.– Aqui é meu lugar. Hoje, fui ceifado. Eu morri. Sou o espírito do trigo.– Isso é triste… mas você me parece alegre!– E estou alegre! Veja quantas oferendas os camponeses deixaram em minha honra! – apontou para a comida e a bebida – E depois, eu morro como trigo e vou renascer como pão. E o pão alimenta aqueles que me deram a vida quando me plantaram na terra e cuidaram de mim. Nosso relacionamento é baseado no dar e receber. Veja como não se esquecem de me agradecer, veja quanta comida! Posso até passar mal! Vamos, junte-se a mim!O viajante acabou aceitando. Como se recusar a compartilhar da companhia de um espírito da natureza? Comeu um pedaço de bolo e algumas amoras pretas que tingiram as pontas de seus dedos de uma cor arroxeada. Depois bebeu do leite fresco e também da cerveja. Pensou no tanto de alimentos que já havia consumido e que jamais havia honrado. Era um homem da cidade. Lá, onde existia a lei do concreto, todos se esqueciam dos espíritos com os quais interagiam todo o tempo. Se esqueciam até de seus próprios espíritos.– Viajante – falou o espírito do trigo – Coma o quanto quiser. Depois descanse e recupere suas forças. E de manhã, ao seguir sua viagem, siga o caminho onde brilha o Sol. E não se esqueça de agradecer ao espírito do Sol pelo calor e pela luz confortantes. E o deus Lugh te abençoará em sua jornada.O viajante agradeceu e olhou adiante, para a aldeia que almejava chegar. Desistiu e resolveu passar a noite ali mesmo, com o espírito do trigo, com a lua, com as estrelas e com as corujas que piavam.

Fonte: Gato Místico.




A Mani Nórdica

No início do mundo, Odin e seus irmãos assassinaram o gigante Ymir e criaram os Nove Mundos com o seu corpo. Os mitos narram como grandes discos de fogo saíram de Muspelheim, dando origem ao Sol e à Lua.
Para os nórdicos, a Lua era masculina e o Sol, feminino. Esses corpos celestes não possuíam rotas fixas até que os deuses ordenaram aos elfos-guerreiros, filhos de Ivalde, que construíssem carruagens de puro ouro para puxá-los através dos céus.
O gigante Mundilfore, que cuidava do moinho do Mundo, considerava-se rival de Odin. Mundilfore chamou então suas belas crianças Mani (Lua) e Sol (Sol). Gabava-se de tal forma de suas crianças que os deuses decidiram tomá-las dele. Fizeram com que a garota Sol conduzisse a carruagem do Sol, e o garoto Mani conduziria a da Lua.
O belo Mani cresceu solitário em sua morada na Lua. Uma noite, ele viu duas crianças indo à fonte de Byrgir (“o oculto”), que surgia no poço de Mimir.
Elas foram enviadas por seu pai, Vidfinn, para recolher um balde de néctar-canção. O garoto Hjuki e a menina Bil encheram o balde e o colocaram num bastão penosamente a encosta, Mani os seqüestrou e os levou para sua casa na Lua.
Os nórdicos diziam que as manchas vistas na superfície da Lua eram Hjuki e Bil, com seu balde de água e seu bastão. Os skalds invocavam a menina Bil para que espargisse o mágico néctar-canção sobre seus lábios, para que se tornassem eloqüentes e habilidosos.
Ao deus lunar Mani era atribuído o controle de Nyi (a Lua Crescente) e de Nithi (Lua Minguante).

Fonte: Gato Místico.




A Festa de Bricriu

Bricriu Nemthenga (Bricriu, a língua vene­nosa), convidou Conchobar e as homens do Ulster para uma festa magnífica, numa linda casa, concebida especial­mente para a ocasião. No lado oposto, Bricriu construiu uma pequena casa com grandes janelas de vidro, de for­ma que pudesse ver o seu interior, pois sabia que os homens do Ulster não permitiriam jantar com eles.
Antes da festa, Bricriu visitou Loegaite, Conall Cernach e CuChu­lainn, três dos maiores heróis do Ulster, e falou-lhes de um prêmio que, na sua festa, estaria reservado para o campeão dos campeões: “Tu serás rei de toda a Irlanda”, disse Bricriu a cada um dos heróis, “se ganhares o prêmio de campeão. Receberás um caldeirão, suficien­temente grande para conter três guer­reiros, cheio de vinho.”

  • “Terás também um varão alimentado durante sete anos a leite e cereal na Primavera, coalho e leite fresco no Verão, trigo e bolota no Outono, e carne e caldo no Inverno. E terás uma bela vaca que durante sete anos será alimentada a urze e leite, erva do prado e cereais. E terás, além disso, uma centena de grandes bolos de me! E este é o prêmio só a ti destinado, pois só tu és o maior dos homens do Ulster. Deves reclamar o prêmio logo que a festa comece.” Assim tentou Bricriu cada um dos heróis e voltou para terminar a preparação da festa.

Deus céltico, parte exterior do Caldeirão de Gundestrup, Dinamarca, séc. I a.C.
Os homens do Ulster chegaram no dia aprazado para a festa, ocupando cada homem e cada mulher o seu lugar na grande sala de acordo com a sua hierarquia. Quando todos estavam prontos, os músicos começaram a tocar e Bricriu anunciou: “Esta ali o dote reservado para o campeão. Que ganhe o melhor!” E, com estas palavras, deixou a sala e entrou na outra casa.
Como Bricriu esperara, começou imediatamente uma discussão entre Loegaire, Conall Cernach e CuChulainn e em breve os três guerreiros entravam em luta. Conchobar meteu-se entre eles e Senchae, que era o mais velho e o mais sensato de todos os homens do Ulster, disse: “Não deveríamos ter de lutar durante a festa. Hoje à noite, o dote será dividido entre os três, e amanhã pediremos a Ailill, rei de Connaught, para decidir a disputa.” Todos concordaram com estas palavras de sensatez e em breve todos se ficaram felizes a beber.
Entretanto, na casa pequena, Bricriu estava a maquinar como poderia por as mulheres importantes do Ulster umas contra as outras. Nesse momento, Fedelm, mulher de Loegaire, saiu de casa. “Por certo”, disse Bricriu, “tu és a mulher do maior herói da Irlanda. Se levares as mulheres do Ulster de regresso a casa esta noite, serás para sempre a primeira dama do Ulster.”
E Bricriu fez a mesma promessa a Lendabair, mulher de Conall Cernach e a Emer, mulher de CuChulainn. Chegou à altura das mulheres voltarem a juntar-se aos seus maridos na sala. Começaram a caminhar num passo imponente, mas, à medida que a casa ficava mais perto, apressaram-no cada vez mais, até terem de levantar os vestidos e correr. Os homens ouviram a agitação e, pensando que estavam a ser atacados, trancaram as portas da sala. As mulheres bateram repetidas vezes, do lado de fora, pois cada uma delas queria tornar-se a primeira dama do Ulster. CuChulainn usou a sua enorme força para levantar uma parede da casa e, assim, Emer conseguiu entrar a sala da festa e reclamar o seu prêmio.
A festa continuou, mas em breve os três herós e as suas mulheres começaram novamente a brigar por causa do prêmio do campeão. Foi decidido que os três deveriam ir, nos seus carros, falar ao rei de Munster, Cu Roi, filho de Daire, ou a Ailill e Medb, rei e rainha de Connaught, um destes decidiria a disputa. Cada um deles correu a desfilada para oeste, por montes e vales, em direção ao Connaught e Munster, tremendo o solo à sua passagem.
Da cidadela, em Cruachu, Medb ouviu o ruído e pediu a sua filha, Findabair, que fosse para a torre da porta de entrada e descrevesse quem estava a chegar com tal fúria. “O primeiro carro vejo um homem de cabelo comprido; usa-o em tranças e da raiz as pontas muda de cor, de castanho a vermelho-sangue e a amarelo-dourado.”

  • “É certamente Loegaire”, disse Medb, “e vai chacinar todos em Cruachu.”
  • “No carro seguinte, de pé, esta um homem com um cabelo encantador; como a crina dos seus cavalos, está entrelaçada e o seu rosto brilha com matizes vermelhos e brancos. Usa uma capa azul e carmesim e traz um escudo com rebordo de bronze e bojo amarelo; na outra mão empunha uma lança de um vermelho-ardente e os pássaros volteiam violentamente à sua volta.”
  • “Esse deve ser ConallCernach”, disse Medb, “e vai cortar-nos a todos aos bocados.”
  • “E o terceiro carro”, continuou Findabair, “é puxado pelos mais velozes dos cavalos: um é cinzento e o outro preto, e correm mais depressa do que os pássaros e resfolgam clarões e relâmpagos. E o guerreiro é um homem triste, moreno, o homem mais bonito da Irlanda; vejo o seu peito alvo par baixo da túnica escarlate, segura por um broche de ouro; os seus olhos brilham como pedras preciosas e as suas brilhantes faces rosadas ficam em chamas quando salta, como um salmão, em cima do carro.”
  • “Esse é CuChulainn”, gritou Medb, “e seremos reduzidos a pó pela sua cólera.”
    Medb deu as boas-vindas aos heróis com uma cuia de água para refrescá-los e cinqüenta mulheres para atendê-los nos seus quartos de hóspedes. Disseram então a Ailill e Medb que tinham vindo procurar obter a sua opinião quanto à disputa sobre o prêmio de Bricriu; e todos amaldiçoaram Bricriu pela questão a que dera origem.
    Ailill não conseguiu tomar uma decisão acerca dos três contendores e, assim, Medb chamou a si a questão: “Não há qualquer dificuldade em julgá-los”, disse Medb a seu marido, “pois Loegaire e tão diferente de Conall Cernach como o bronze acastanhado o é do ouro branco, e Conall Cernach e tão diferente de CuChulainn como o ouro branco o é do ouro verdadeiro.” Mandou chamar Loegaire. “Considero-te rei de toda a Irlanda”, disse Medb, “vais ter o prêmio de campeão; tens de voltar para junto de Conchobar e dos homens do Ulster e mostrar-lhes isto como um testemunho da nossa escolha.” E deu-lhe uma taça de bronze, com a base decorada com um pássaro em de ouro branco. Loegaire bebeu o vinho nela contido e juntou-se com as suas cinqüenta mulheres na cama.
    Medb chamou depois Conall Cernach e disse-lhe o mesmo, dando-lhe uma taça de ouro branco com um pássaro dourado na base. Também ele bebeu o vinho e foi para a cama com as suas cinqüenta mulheres, reunidas por Sadb Sulbair, filha de Ailill e de Medb.
    Finalmente, mandou chamar CuChulainn, e Ailill juntou-se a ela para a decisão. Ao herói foi dada uma taça de ouro verdadeiro, e o pássaro da base fora esculpido numa gema de inestimável valor. “És tu o campeão dos campeões”, disseram o rei e a rainha de Connaught, “e a tua mulher Emer é em nossa opinião, a primeira-dama do Ulster. Volta amanhã para Conchobar e reclama o prêmio.” CuChulainn ficou acompanhado na cama pela princesa Findabair.
    Antes da sua partida, na manhã seguinte, os heróis divertiram a corte com as suas competições. Folgaram com o jogo de arremesso da roda. Loegaire só conseguiu atingir o topo da parede da sala, Conall Cernach bateu na viga mestra, para espanto da juventude de Connaught, porém, o arremesso de CuChulainn bateu na viga mestra com tanta força que a roda desapareceu pelo telhado e caiu no terreno exterior a distância de um braço.
    CuChulainn tomou então as agulhas das centro e cinqüenta mulheres e atirou-as ao ar uma a uma de forma a que cada uma enfiasse no fundo da seguinte e formasse uma cadeia. Devolveu cada uma das agulhas a sua dona, perante a admiração da multidão que havia se reunido no pátio. Os três heróis despediram-se então de Ailill e Medb e da gente do forte de Cruachu e cada um deles regressou separadamente ao Ulster.
    Conall Cernach e CuChulainn passaram por várias aventuras e quando finalmente chegaram ao forte de Conchobar, em Emuin Machae, encontraram a corte de luto. Loegaire chegara antes deles e, falsamente, anunciara as suas mortes. Sualtam, pai de CuChulainn, logo em seguida convidou todos para uma festa de boas-vindas. “Por que não deixar outro herói reclamar o prêmio de campeão?”, disse um dos homens do Ulster, durante a diversão. “Afinal, se qualquer destes três tivesse sido escolhido durante a sua estada em Cruachu, teria trazido para casa um testemunho como prova.”
    Perante este desafio, Loegaire apresentou a sua taça e reclamou o prêmio de Bricriu. “O prêmio é para mim”, disse Conall Cernach, mostrando a sua taça, “pois a minha é uma taça de ouro e a tua e apenas de bronze.”
  • “Então, sou eu o campeão dos campeões”, gritou CuChulainn, e mostrou a todos a taça de ouro verdadeiro com o seu pássaro de pedra preciosa. “Ailill e Medb decidiram”, exclamaram Conchobar e os homens do Ulster.
  • “Concedemos-te o prêmio de campeão.”
    Porém, Loegaire e Conall Cernach recusaram admitir a decisão e acusaram CuChulainn de subornar Addl e Medb. As espadas safaram de novo das bainhas. Conchobar deteve a luta e Senchae, o Sesato, afirmou que os três deveriam dirigir-se a Cu Roi de Munster, para uma decisão final.
    Quando chegaram ao forte de Cu Roi, verificaram que este estava longe de casa, mas Blathnat, a sua mulher, fora instruída para lhes dar de beber e de comer até ao regresso do seu marido. Depois do jantar, Blathnat disse aos três que cada noite um deles deveria fazer a vigia, de acordo com as ordens de Cu Roi. Nessa noite foi à vez de Loegaire, porque era o mais velho. No momento em que o Sol se pôs, sentiram o forte girar como uma roda de moinho, pois Cu Roi, todas as noites, lançava um encantamento, para que nenhum inimigo pudesse encontrar o portão de entrada depois do escurecer.
    Loegaire ficou de vigia enquanto os outros dormiam. Quando começou a alvorecer, um gigante emergiu do oceano, a oeste. Embora estivesse muito longe, o gigante parecia a Loegaire tão alto como o céu. Quando ele avançou, Loegaire viu que tinha nas mãos enormes troncos de árvore, que lançava violentamente contra si. Errara o alvo e o gigante, enfurecido, levantou Loegaire como um bebê e esmagou-o entre as mãos, como se estas fossem duas nós. O gigante atirou Loegaire por cima das muralhas de Cu Roi. Quando os outros encontraram seu corpo semimorto, pensaram que tinha tentado saltar as muralhas como um desafio aos outros homens.
    Na noite seguinte foi à vez de Conall Cernach vigiar. Veio o mesmo gigante e causou-lhe as mesmas injúrias que Loegaire sofrera. A noite que se seguiu foi para CuChulainn. Foi uma noite terrível, pois fora profetizado que um monstro do lago abaixo da cidadela devoraria todos que ali habitassem.
    Exatamente antes do nascer do Sol houve uma grande agitação na água, o que sobressaltou CuChulainn, pois este estava meio adormecido. Olhou por cima das muralhas e viu o monstro, que se elevou bem alto acima do lago. Voltou a cabeça e atacou o forte, abrindo a sua enorme boca para engolir cabana atrás de cabana. CuChulainn saltou bem alto e, no ar, mergulhou o braço na garganta da besta e arrancou-lhe o coração.
    O gigante tentou, então, deitar a mão a CuChulainn, mas este foi muito rápido, executou o seu salto de salmão e, com a espada, golpeou o gigante. “Dou-te qualquer coisa, se me poupares a vida”, disse o gigante. “Quero o prêmio de campeão e que Emer seja a primeira-dama do Ulster.”, disse CuChulainn. “Concedido!”, declarou o gigante enquanto desaparecia na neblina matinal.
    Cu Roi regressou no dia seguinte e ouviu contar as grandes façanhas de CuChulainn. De acordo com isso, concedeu-lhe o prêmio de campeão e os três heróis do Ulster partiram para casa. Uma vez mais, Loegaire e Conall Cernach recusaram o prêmio a CuChulainn, mas este estava cansado da controvérsia e o assunto ficou em suspenso.

Caldeirão de Gundestrup, Dinamarca, Museu Nacional de Copenhague
Algum tempo mais tarde, Conchobar e os homens do Ulster estavam prestes a jantar, em Emuin Machae, quando apareceu um ogro medonho a porta, que os desafiou para o jogo da decapitação. Os três grandes heróis estavam ausentes e Muinremur aceitou o desafio. “As regras são estas”, gritou o gigante, “tu decapitas-me esta noite e eu decapito-te amanhã.”

  • “Perfeitamente!”, disse Muinremur, rindo, pois não tinha a intenção de manter a sua parte do combinado com o insensato ogro.
    O ogro colocou a cabeca no cepo e Muinremur decepou-a com um machado. Para surpresa de todo o ogro levantou-se, apanhou a cabeça e partiu, dizendo que voltaria no dia seguinte. Voltou na tarde seguinte, mas Muinremur não foi visto em parte alguma. O ogro protestou perante tal ultraje e outro guerreiro concordou em fazer à mesma combinação. Na noite seguinte também esse guerreiro desapareceu do caminho do ogro.
    Isto aconteceu durante três noites e, na quarta noite, juntou-se muito gente no pátio para testemunhar o prodígio. CuChulainn estava presente e o ogro desafiou-o para o jogo da decapitação. CuChulainn não só lhe arrancou a cabeça com um só golpe como a fez em pedaços no chão. Mesmo assim, o ogre levantou-se, pegou os pedaços e partiu. Na noite seguinte o ogro voltou, sabendo que CuChulainn era um herói que mantinha a sua palavra.
  • “Onde esta o herói CuChulainn?” perguntou o ogro.
  • “Eu não me escondo daqueles como tu”, respondeu CuChulainn. “Pareces preocupado”, disse o ogro, “mas, pelo menos, mantiveste a tua palavra.” CuChulainn colocou a cabeça no cepo e o ogre levantou o machado; toda a gente susteve a respiração e voltou as costas. Quando baixou o machado, o ogro virou o gume de forma a que só o cabo apanhou CuChulainn pelo pescoço.
  • “Agora levanta-te, CuChulainn!”, gritou o ogro, “pois, de todos os heróis do Ulster e até de toda a Irlanda, tu és o maior em termos de valor e de honra. Tu és o campeão dos campeões e o prêmio de Bricriu é somente para ti. A tua mulher Emer é a primeira-dama do Ulster. E se alguém discutir este fato, os seus dias estarão contados.”
    Com estas palavras o ogro abandonou a sala, mas, ao sair, transformou-se em Cu Roi, filho de Daire, e assegurou que o seu julgamento dos três heróis fosse definitivo.
    Fonte: Gato Místico.

Bibliografia:

Introdução à Mitologia Céltica – David Bellingham




Brownie de chocolate

Deus Janus é um mês de poder do começo ao fim, dizem que os 12 primeiros dias de Janeiro são poderosos para rituais de novos começos. Sirva as visitas e parentes brownies (bolos de chocolate com nozes). Os brownies são os espíritos guardiões do mês de janeiro.

INGREDIENTES:
Massa:
2 tabletes de margarina
1 xícara (chá) de açúcar
3 ovos inteiros
2 xícaras de (chá) chocolate em pó
1 xícara (chá) farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento
1 xícara (chá) de leite

Cobertura:
1 lata de creme de leite
2 colheres(sopa) de açúcar
4 colheres(sopa) de chocolate em pó
1colher (sobremesa) de margarina


MODO DE PREPARO:

Massa: separe as gemas das claras e bata as claras em neve.reserve.Bata na batedeira (velocidade alta) a margarina e o açúcar até formarem um creme.Aos poucos junte o restante dos ingredientes e continue batendo até formar uma massa homogênea.Por fim, misture com uma colher, as claras em neve.Despeje a massa em uma forma retangular untada e enfarinhada.leve para assar em forno médio, pré-aquecido, por mais ou menos 35 min.
Cobertura: coloque todos os ingredientes em uma panela , leve para o fogão em temperatura média e vá mexendo até ferver.Com o bolo ainda quente, despeje a cobertura sobre ele.Se quiser decore com amêndoas ou castanha-do-pará.

Fonte: https://www.gatomistico.com.br/2008/10/brownie-de-chocolate.html