Esta receita pode ser feita mesmo que a pessoa esteja distante. O necessário é que o praticante possa marcar um horário e quem for benzido participe fazendo juntos a seguinte reza:
“Ao mundo foi padre, o seu filho redentor, ao calvário por amor. Vai bem acompanhado, sua amada vai com ele, por ser o reino do Céu.
Meu Deus e alta cruz, às costas levais a cruz, vai de rua em rua, pôr as ruas da amargura, por um cabo são paixões, por outro são repelões. Recordei, não chegais aqueles negros saiões, Ó, Maria Amparadora, subis o cruzeiro encravado na madeira, três pregos e asseios.
Senhor, lá em cima está uma ermida. Que ermida será aquela? É a ermida do Espírito Santo. Nova será o senhor. Novas serão elas. É a ermida do Espírito Santo. Ó, que novas madalenas, tão amadas por mim, que me entram nos meus ouvidos, derrubam meu juízo. Ó, mulher, tendo filhos, ajudai-me a chorar com a morte de Jesus, que é seu filho natural. Vou mais para adiante, uma mulher vi estar. Vistes vós por aqui passar um filho meu, tão amado e tão querido?
Esse homem por aqui passou. Um bocadinho d’água eu lhe dei, uma toalha que tinha de roda da minha cintura lhe dei para limpar seu santo rosto. Seu santo rosto na minha toalha ficou. Nossa Senhora ditosa mulher, queria ver a toalha.
Assim que Nossa Senhora viu a toalha e atirou com ela para longe, vieram as três Marias. Apanharam-na. Sacudiram-na. Beijaram-na.
Foram levá-la ao monte calvário. O seu amado filho estava numa cruz de pau muito alta. Tão alta seria que nem dez homens a levariam.
Cada passada que davam ajoelhavam no chão, diziam: chorai, meus olhos, chorai, se vos perguntarem por quem? Diga que é para o nosso bem. Morreu Cristo Jesus, na rua de Jerusalém. Sangue do corpo sagrado corria que nem fonte. Filho meu, foi morte que vos deu, por via dos pecadores.
Quem essa oração disser sete sextas-feiras de quaresma, ou seja, por sete anos seguidos, e outras sete no dia de São Miguel Arcanjo, que é dia 29 de setembro, salvará quatro almas das penas do purgatório. A primeira será a sua, a segunda da sua mãe, a terceira de seu pai e a quarta de parentes ou a quem mais o quiser na sua casa.” Amém!
> Esta benzedura é uma prática utilizada pela benzedeira Dona Cecília, mãe da Nazaré, moradora de Portugal.
