Nova Categoria

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Às vezes, no tempo
Onde nem é dia e nem noite
Me pego pensando:
Em desistir,
Deixar cair,
Destruir
Tudo aquilo que persisti
Para conseguir.

Todos somos assim,
Temos feridas, várias mágoas
Que não se curam,
Nem se limpam
Com a mais pura das águas.

É sempre tão difícil,
Ter que fazer escolhas!
Isso muito me incomoda,
“É azul ou rosa?”, todos dizem.
E nos impõem,
A sempre ficarmos numa mesma roda.

E que tal se criássemos…
Uma nova cor,
Um novo sabor
Um novo aroma,
Um novo tato
E um novo som.
Sem regras,
Sem denominações
Sem características
Sem pretensões.

Será que essa sinestesia seria aceita?
Ou julgada?
Ignorada?
Talvez iria chamar muita atenção,
Muita discussão.
Fundiria os cérebros dos ignorantes,
Da intolerância ambulante.
Ou, talvez, seria apenas mais uma “categoria”
Para aqueles que não encontram
A felicidade e a verdadeira simbologia.

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