A Religião Yorùbá acredita que é necessário vidas e experiências para o Homem poder se tornar um espírito evoluído e iluminado. Muita das vezes os Homens não cumprem as determinações de Deus trazidas e mostradas por Ọ̀rúnmìlà. Então Olódùmarè usa o Òrìṣà para advertir o Homem, mas não obtém sucesso, pois o Homem em sua maioria costuma não ouvir bons conselhos espirituais.
Mais uma vez, não reconhecendo seus próprios erros e buscando corrigirem, o Homem acusa Ọ̀rúnmìlà, o Òrìṣà.
O Homem tem esse hábito, o de culpar os outros pelas suas maneiras erradas de conduzir sua própria vida, querendo que a divindade viva a vida deles, ao invés de mostrar o bom caminho.
Diante de tais atitudes, Olódùmarè não pode cumprir Sua palavra para com o Homem e faz, então, com que o Homem morra idoso e renasça jovem, para que uma nova caminhada de aprendizados se inicie, em outra vida, em um novo momento, talvez em outro lugar e com novas experiências e, quem sabe assim, nessa nova etapa, o Homem aprenda os mandamentos de Ifá, pondo fim a esse ciclo de sofrimento que o próprio Homem escolheu.
E assim se repetirão esses ciclos: até que o Homem aprenda a mudar, tornando-se um Egúngún Àgbà (Ancestral Ilustre) que recebe funções mais importantes no Òrún (Céu)!
Os Yorùbás acreditam que os sofrimentos por falhas cometidas, também é uma forma de evoluir. Quantas vidas precisaremos ter nesta mesma Terra ninguém sabe, pois depende de nossas próprias escolhas entre caminhos mais harmoniosos, dolorosos, conflitosos ou de cura.
• Fonte consultada:
Adekunle, Otunba, Ifá Filosofia e Ciência de Vida. 1.ed. São Paulo, 2005.
