Você já parou para se perguntar a importância de falar sobre o suicídio nos meios de comunição? Antigamente era considerado um grande tabu, porém, nestes últimos anos, vem deixando de ser.
OLHANDO PARA HISTÓRIA
Existe um grande mito, o qual diz que “não devemos pronunciar a palavra suicídio, porque isto acaba contribuindo para o aumento de casos”. Este pensamento surgiu através de um livro do autor alemão Johann Wolfgang von Goethe, publicado em 1774, a obra “Sofrimentos do Jovem Werther” aborda sobre Werther ter cometido suicídio, atirando em si próprio com uma pistola depois de ser rejeitado por uma mulher que amava.
Após a publicação do livro, houveram quantidades de jovens “imitando” o personagem principal, seja em personalidade, ou até mesmo, suicídios ocorridos da mesma forma.
Como resultado, houve o banimento do livro em diversos lugares do mundo, como Copenhague e Leipzig, até mesmo em Milão. O arcebispo solicitou que fosse feita a compra de todos os exemplares e os queimou em praça pública.
Em 1974 – dois séculos após o romance de Goethe ser publicado -, o sociólogo David Phillips introduziu o conceito de “Werther Effect” (Efeito Werther) na comunidade científica, para designar uma onda de suicídios copiados.
Os próprios meios de comunicação, por exemplo, a imprensa, tinham como educação em que não era viável a abordagem sobre assuntos envolvendo o suicídio, pois resultaria num efeito de contágio, podendo aumentar drásticamente o número, a partir do modo como é falado, e de fato, dependendo da forma como nos posicionamos e tratamos sobre o assunto, pode ocasionar o aumento.
AVANÇANDO NA HISTÓRIA
Com o passar do tempo, conhecemos um outro tipo de efeito chamado “Efeito Papageno” o qual foi bastante falado, já que veio da ópera “A Flauta Mágica” do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart do século XVIII.
A história trata de um personagem que estava quase cometendo suicídio até que outros personagens lhe ajudaram a mudar de ideia, mostrando-o uma maneira diferente de resolver seus problemas, e foi por meio desta obra que começaram a refletir: dependendo da forma como falamos sobre o suicídio nos meios de comunicação, podemos prevenir e conscientizar sobre o assunto, por isso que falar sobre o assunto se torna importante, porque quando fingimos que não existe, não deixará de existir na realidade, apenas cobrirá nossos olhos com uma venda, ignorando os problemas alheios.
FALAR SOBRE O QUE SENTE É IMPORTANTE
Precisa de ajuda? Ligue para o número de prevenção ao suicídio: 188. Converse sobre o que sente, pois sempre terá uma pessoa do bem esperando para lhe ouvir.
OBS: A ligação não cobrará de seus créditos.
Autor: Eduardo Henrique Costa.
Edição: Pedro H. Kershaw.